quarta-feira, 27 de março de 2013

Páscoa: a vitória da vida

Sinais da Páscoa

http://blog.cruzeirodosul.edu.br

Quando alguém me pergunta
sobre os sinais da Páscoa
em nosso mundo, não calo, mostro-lhe onde e quando acontece hoje o que começou naquele tempo,
quando a Páscoa teve seu início:      
   

http://bastapensarnavida.blogspot.com.br


Onde uma pessoa renova sua confiança
em outra pessoa
e juntas constroem uma ponte
para vencer o ódio e a inimizade,
ali você encontra sinais da Páscoa.
Onde uma pessoa não desiste no final,
mas ousa recomeçar para superar dor e luto,
ali você encontra sinais da Páscoa.



http://carmenarabela.wordpress.com
Onde a pessoa não silencia na escuridão,
mas cantarola a canção da esperança
para vencer o silêncio mortal,
ali você encontra sinais da Páscoa.
Onde a injustiça é denunciada
e a própria culpa assumida
para vencer a omissão,
ali você encontra sinais da Páscoa.
Onde uma pessoa ousa falar a verdade
para vencer a aparência e a mentira,
ali você encontra sinais da Páscoa.

Onde uma pessoa nada contra a correnteza
e carrega os fardos de uma pessoa desconhecida
para vencer necessidade e sofrimento,
ali você encontra sinais da Páscoa.
Onde alguém desperta e tira você da inércia
e descobre com você um caminho novo
para vencer grandes obstáculos,
ali você encontra sinais da Páscoa.




Texto extraído do Livro presente Páscoa,p 8 e 9
Informações de como adquirir o livro em...

quarta-feira, 20 de março de 2013

Celebrar Páscoa


Páscoa tem um significado especial para a família cristã. É tempo de intensa reflexão, louvor e renovação da esperança, da fé e do compromisso de testemunhar em favor dos valores do reino de Deus, presente e futuro.
É tempo de arrependimento, de recomeçar, de receber nova oportunidade para nos encontrar com Deus, conosco mesmos e com o próximo e a natureza. Esse recomeço tem como fundamento a ressurreição de Cristo e todas as implicações decorrentes, mesmo que não as compreendamos todas.






Celebrar a Páscoa é oportunidade de ouvir a boa-nova de Deus: Ele vive! A promessa da presença de Cristo é ânimo e alimento para que não desistamos de acreditar que vai chegar um dia em que a paz e o amor serão plenos na nossa vida e na vida de todas as pessoas a quem Deus quer bem.


Texto extraído do Livro Celebrar Páscoa em família e comunidade.

 Informações de como adquirir o Livro em ...
http://www.editorasinodal.com.br/produto.php?id=42

quarta-feira, 13 de março de 2013

Revista NOVOLHAR


Nenhuma mulher está livre
por Sheila Rubia Lindner
   
http://www.elheraldo.hn
Neste exato momento em que estou escrevendo este texto, são 17h34min. Provavelmente, ao terminar a redação, terão passado muito mais do que dez minutos.
Você deve estar se perguntado o que as horas e os minutos têm a ver com a violência doméstica... Eu respondo:
– Tem tudo a ver!
Pois, a cada dez minutos, 25 mulheres são espancadas no Brasil. Faça uma conta simples; em uma hora, 150 mulheres são machucadas violentamente. É um número absurdo.
   Se pensarmos em números mais abrangentes, relatório organizado e publicado pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) recentemente afirma que até 53% das mulheres da América Latina já sofreram algum tipo de violência, a maioria das vezes de seu cônjuge ou familiar. Até 82% dos casos incluíam ferimentos físicos, como ossos quebrados, abortos involuntários ou queimaduras. Mas o relatório aponta que entre 28% e 64% dessas mulheres não buscaram ajuda nem falaram com ninguém sobre o trauma, porque não sabiam a quem se dirigir.
   Apesar de muitas mulheres ainda não saberem a quem recorrer em casos assim, a realidade no Brasil vem mudando gradativamente. Somente no primeiro semestre de 2012, o Disque-Denúncia do Governo Federal prestou cerca de 390 mil atendimentos, quase 100 mil a mais do que no ano anterior.
http://www.brazilianvoice.com
Além do drama pessoal de cada agressão ou estupro, “a violência contra as mulheres também tem consequências intergeracionais: quando as mulheres experimentam violência, seus filhos também sofrem”, explicou a diretora da OPAS, Mirta Roses. As causas dos espancamentos são variadas e muitas vezes fúteis, mas predominam o ciúme e a não aceitação do fim do relacionamento. A violência doméstica também é responsável por uma em cada cinco faltas ao trabalho, segundo dados do Banco Mundial.
   Os atos de violência doméstica podem ser classificados em abuso físico, quando a agressão pode ir até a morte; abuso sexual, em que o ataque físico redunda muitas  vezes em violência sexual; pressão psicológica, que pode incluir ataques verbais constantes, possessão excessiva, isolamento da mulher de amigos e familiares; e privação de dinheiro, roupas, comida, além da destruição de sua propriedade privada.
   O Brasil foi o primeiro país do mundo a propor intervenções estatais, e a primeira Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) foi criada em São Paulo em 1985. Atualmente, as DDMs existem em todo o país e constituem-se em delegacias especiais para crimes contra a mulher.
http://72.10.34.173/archives/715
   Ao encontro disso vai a Lei Maria da Penha (Lei 11.340), que foi criada em 2006 e que aumenta o rigor das punições às agressões contra a mulher. Segundo a Wikipédia, “a lei alterou o Código Penal Brasileiro e possibilitou que agressores de mulheres no âmbito doméstico ou familiar sejam presos em flagrante ou tenham sua prisão preventiva decretada; esses agressores também não poderão mais ser punidos com penas alternativas. A legislação também aumenta o tempo máximo de detenção, previsto de um para três anos; a nova lei ainda prevê medidas que vão desde a saída do agressor do domicílio e a proibição de sua aproximação da mulher agredida”.
   Outro serviço muito importante é o Ligue 180, criado em 2005 pela Secretaria de Políticas para Mulheres e Parceiros, a Central de Atendimento à Mulher. O Ligue 180 é um serviço de utilidade pública que presta informações e orientações sobre os locais aos quais as mulheres podem recorrer caso sofram algum tipo de violência. O atendimento funciona 24 horas, todos os dias da semana, inclusive nos finais de semana e feriados.
   É importante lembrar que a violência doméstica não escolhe idade, raça ou estrato social. Nenhum tipo específico de mulher está mais ou menos sujeita a ser vítima de violência em sua casa por parte de seu parceiro, nem qualquer tipo de mulher está livre de não ser.

 Denuncie, é grátis e sigiloso: Ligue 180, atendimento à mulher


Artigo extraído da Revista NOVOLHAR
edição n.50,março/ abril, p. 36 e 37

Conheça a Revista: http://www.novolhar.com.br



quarta-feira, 6 de março de 2013

PENÚLTIMA PALAVRA


   A escravidão do século 21
por Flávia Durante


http://www.mamajuana.com.br
"Mulheres e homens precisavam ter a convicção de que não existe beleza perfeita. Toda beleza é imperfeitamente bela. Jamais deveria haver um padrão, pois toda beleza é exclusiva como um quadro de pintura, uma obra de arte." Augusto Cury

   Depois da revolução sexual, da busca por espaço no mercado de trabalho e da divisão entre vida pessoal e carreira, a mulher contemporânea enfrenta uma nova batalha: a ditadura da padronização da beleza.
   Em tempos de carnaval, galerias de fotos que mostram “gordurinhas”, celulite e rugas de famosas espalham-se como uma praga. Geralmente mostram essas características como se fossem aberrações. E a cobrança da mídia por um corpo perfeito, quase que de plástico, acaba virando uma arma de destruição psicológica feminina.
   Não são poucas as mulheres que sofrem de algum tipo de distúrbio em relação ao próprio corpo. A cada ano aumentam os nomes que vão fazendo parte de nosso vocabulário: bulimia, anorexia, compulsão alimentar, drunkorexia, vigorexia, ortorexia. E mulheres vão se submetendo a cirurgias plásticas cada vez mais jovens. Dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) provam que, do total de cirurgias plásticas estéticas realizadas no Brasil entre 2007 e 2008, 13% foram feitas em adolescentes com idade entre 12 e 18 anos.
http://discoverymulher.uol.com.br
   O psiquiatra Augusto Cury, autor do livro “A Ditadura da Beleza e a Revolução das Mulheres”, cunhou essa busca de Síndrome PBI, o Padrão de Beleza Inatingível. Ele aponta diversos culpados por esse fenômeno: a indústria da moda e de cosméticos, as revistas e seus anunciantes. “Essa ditadura assassina a autoestima, asfixia o prazer de viver, produz uma guerra com o espelho e gera uma autorrejeição profunda. (...) uma pessoa satisfeita, bem-humorada, feliz, tranquila não é consumista, consome de maneira inteligente, não precisa viver a paranoia de trocar continuamente de celular, de carro, de roupas, de sapatos”, diz o autor.
   A padronização da beleza acabou virando a forma de escravidão e submissão do século 21. A mais nova insanidade na busca pelo corpo perfeito é a “barriga negativa”. Não basta ser magra, temos também que ter o abdômen com a curvatura invertida. Uma tendência que, quando apareceu no ano passado, foi considerada assustadora por muitos.
http://mdemulher.abril.com.br
   Essa imposição de padrões virou uma questão não apenas feminina. A glamourização da “barriga tanquinho” e do “metrossexual” prova que a escritora norte-americana Naomi Wolf estava certa em seu famoso livro “O Mito da Beleza”, de 1991: “A próxima será a vez deles”. “Alguns psiquiatras estão prevendo um aumento nas estatísticas masculinas de distúrbios da alimentação. Começaram a surgir imagens que dizem aos homens heterossexuais as mesmas meias-verdades tradicionalmente transmitidas às mulheres heterossexuais a respeito dos homens”, escreveu a escritora em sua obra.
   Os homens brasileiros sentiram isso na pele após a campanha de uma marca de lâminas de barbear que categorizava como repulsivos e não atraentes os corpos masculinos com pelos no peito. A propaganda foi considerada de mau gosto, a empresa recebeu milhares de protestos e a campanha foi retirada do ar. Mas nós mulheres não podemos ficar felizes porque os homens finalmente passaram pelo tratamento que recebemos da mídia há anos. Como também disse Naomi Wolf: “Se eles caírem nessa armadilha e ficarem presos, isso não será uma vitória para as mulheres. Na realidade, ninguém sairá ganhando”.
   Não vai tardar o dia em que agiremos como o Dorian Gray de Oscar Wilde: venderemos nossa alma  em troca de beleza e juventude eternas. Para que tudo não caminhe para esse lado, precisamos rejeitar qualquer padrão imposto e mostrar que cada um de nós tem a sua beleza. A imperfeição só nos faz mais humanos e não seres de plástico.




Artigo extraído da Revista NOVOLHAR,edição n.50,março/ abril, p. 42